DO RACISMO

A questão do racismo ficou mais em evidência, com o chamado “caso Grafite”, não só entre nós como em todo o mundo.
Como não se pode negar, existem muitos sentimentos discriminatórios, impostos por fatores culturais e que, para o bem da humanidade, precisam ser dominados.
A simples observação dos fatos que ocorrem à nossa volta, leva-nos a constatar a veracidade dessa afirmação.
Do programa de televisão favorito e até das modernas técnicas de venda de variados produtos, podemos tirar exemplos de atitudes discriminiatórias condenáveis mas, culturalmente aceitas.
A falta de informação dos grupos sociais atingidos por esses meios é um incentivo aos que assim agem, de maneira sistemática.
Dentro deste contexto também se inserem as músicas do gênero “deboche” e os porgramas de humor de qualidade duvidosa, como aquele de que participava um negro (“Mussum”) e um pretenso homossexual (Zacharias), sempre humilhados pela cor da pele ou pela opção sexual.
Insistem no tema aqueles programas similares que ridicularizam o gordo, o velho, o pobre, o feio, o nordestino, o analfabeto, o fanhoso e assim por diante.
A discriminação por causa da cor da pele é, no entanto a mais odiosa, pois, em essência, somos todos iguais e fazemos parte de uma só raça, A RAÇA HUMANA.
Todos os estudos concluem que as diferenças entre pessoas e grupos humanos podem ser explicadas por problesmas mesológicos, históricos ou culturais, isto é, por fatores extrínsicos e não intrínsicos, como pensam os nazi-fascitas.
E não pensem que estamos muito distantes dos que pensam e agem discriminatoriamente.
Quem tiver boa memória há de se lembraar de um lamentável acontecimento, ocorrido há algumas décadas, quando um grupo de jovens estudantes resolveu participar de um evento festivo, aberto ao públicos, nos salões de tradicional clube social de nossa Muriaé,
Um dos estudantesdo grupo era negro e, por esse motivo, teve a entrada proibida, de maneira arbitrária.
Entre os colegas do jovem e brilhante estudante negro, estavam Aloysio Aquino e Ronaldo Mannarino que, por não se conformarem com a decisão da Diretoria do Clube, passaram a protestar, com veemência, aos gritos de “abaixo o racismo”.
Rapidamente a polícia foi chamada e os soldados, sob ordem de insano comandante, passaram a a agredir os jovens, com chutes, pontapés e cassetetes, EM VEZ DE DAR ORDEM DE PRISÃO AOS DIRETORES DO CLUBE!
O absurdo dos absurdos se completou com a prisão dos jovens!
Mas o tempo passou, o comandante da tropa foi punido, e o clube se democratizou, abrindo as portas para todos da RAÇA HUMANA;
Aloysio Aquino é o nosso dr Aloysio, médico conceituado e Ronaldo Mannarino é o Dr Ronaldo, representante da Petrobrás para assuntos ambientais, na Amazônia Brasileira.
Isso faz parte da nossa história, da história de nossa cidade!
Só relembramos esses fatos para que não se repitam pois, se existem sentimentos discriminatórios em nosso meio, precisamos combatê-los, especialmente no tocante À cor da pele pois somos todos irmãos e pertencentes a uma só raça , a generosa e combativa RALA HUMANA!