Comentando
Quem ouviu as declarações de Dom Eusébio Scheidt, Cardeal do Rio de Janeiro, a respeito do Presidente Lula deve ter ficado assustado!
Um alto dignitário da Igreja não pode assim se manifestar, sob pena de ser considerado leviano, o que é lamentável.
E o fato da ofensa ter sido feita a um Presidente da República torna-a maior, pois este é o princípio básico do cristianismo.
Rememorando nossa história recente, tivesse Dom Eusébio se referido, da mesma forma a qualquer um dos presidentes militares ou caso residisse em Cuba e ousasse fazer comentários idênticos sobre Fidel Castro, podemos assegurar a essa hora, não estaria Cardeal tão tranqüilo, à espera do Espírito Santo, para a eleição do Papa...
O pronunciamento do religioso não se desdobrou pela atitude serena, madura e sensata de Luiz Inácio Lula da Silva!
Se nosso Presidente fosse mesmo “caótico”, teria agido de outra maneira, pois, no caso presente, que andou semeando o caos foi, sem dúvida, o Cardeal do Rio de Janeiro...
E há de ser ressaltado que nem mesmo no texto onde se desculpa pelas declarações, Dom Eusébio se mostrou suficientemente humilde.
Na verdade, é muito difícil mesmo explicar atitudes destemperadas!
Tudo me leva a crer que a origem do mal está no complexo de superioridade do Pastor, diante de suas “ovelhas” fato muito comum entre lideres religiosos, que se julgam acima do Bem e do Mal, como ocorreu naquele episódio em que um pastor evangélico, diante das câmeras de televisão, andou dando uns pontapés numa imagem d Nossa Senhora Aparecida.
Inconscientemente talvez, esse complexo passa a dominar muitas das ações desses pastores até que, um dia, eles serão obrigados a calçarem as “sandálias da humildade”...
Resultado de uma visão distorcida do mundo, esse sentimento pode aflorar em situações diversas, manifestando-se de maneira tão cruel e grosseira, como vimos no episódio em pauta.
Se o ilustre cardeal voltasse a ler textos sagrados, por certo encontraria inúmeras reprovações à conduta que teve.
E saberia que n ao tem direito de levar à execração pública uma de suas ovelhas por não estar acompanhando ela, a seu juízo, o ritmo dos demais.
Uma das paisagens que exemplifica bem os erros da avaliação que todos cometemos ao julgar a semelhante está em Lucas, de 32 a 43 em que Cristo canoniza o “Bom Ladrão”, preso a uma cruz, com o próprio Jesus.
Só nesta leitura, dom Eusébio teria elementos para ser mais cauteloso em seus julgamentos!
Lida atentamente, a passagem mostra como a sociedade da época condenou o ladrão, reservando-lhe a cruel e áspera lição da cruz!
Áspera e cruel lição que se tornou a chave da salvação, pois, o Bom Pastor, pelos exemplos da vida que deu ao mundo, tocou fundo o coração do malfeitor que, arrependido, clamava pelo divino perdão!
Basta, pois, àqueles que têm o hábito de julgar, uma séria meditação a respeito dessa passagem para ver o quanto Deus é misericordioso!
Isso se aplica a todos, inclusive a Dom Eusébio Scheidt.
O que não poderíamos fazer é omitirmo-nos diante do fato e, ao registrá-lo, torcer para que jamais se repita entre nós.
Se Dom Eusébio não aprender esta lição, vai dar muito trabalho ao Espírito Santo, na escolha de João Paulo II, o nosso já saudoso JOÃO DE DEUS!
Correio Muriaense - 16 de abril 2005
Um alto dignitário da Igreja não pode assim se manifestar, sob pena de ser considerado leviano, o que é lamentável.
E o fato da ofensa ter sido feita a um Presidente da República torna-a maior, pois este é o princípio básico do cristianismo.
Rememorando nossa história recente, tivesse Dom Eusébio se referido, da mesma forma a qualquer um dos presidentes militares ou caso residisse em Cuba e ousasse fazer comentários idênticos sobre Fidel Castro, podemos assegurar a essa hora, não estaria Cardeal tão tranqüilo, à espera do Espírito Santo, para a eleição do Papa...
O pronunciamento do religioso não se desdobrou pela atitude serena, madura e sensata de Luiz Inácio Lula da Silva!
Se nosso Presidente fosse mesmo “caótico”, teria agido de outra maneira, pois, no caso presente, que andou semeando o caos foi, sem dúvida, o Cardeal do Rio de Janeiro...
E há de ser ressaltado que nem mesmo no texto onde se desculpa pelas declarações, Dom Eusébio se mostrou suficientemente humilde.
Na verdade, é muito difícil mesmo explicar atitudes destemperadas!
Tudo me leva a crer que a origem do mal está no complexo de superioridade do Pastor, diante de suas “ovelhas” fato muito comum entre lideres religiosos, que se julgam acima do Bem e do Mal, como ocorreu naquele episódio em que um pastor evangélico, diante das câmeras de televisão, andou dando uns pontapés numa imagem d Nossa Senhora Aparecida.
Inconscientemente talvez, esse complexo passa a dominar muitas das ações desses pastores até que, um dia, eles serão obrigados a calçarem as “sandálias da humildade”...
Resultado de uma visão distorcida do mundo, esse sentimento pode aflorar em situações diversas, manifestando-se de maneira tão cruel e grosseira, como vimos no episódio em pauta.
Se o ilustre cardeal voltasse a ler textos sagrados, por certo encontraria inúmeras reprovações à conduta que teve.
E saberia que n ao tem direito de levar à execração pública uma de suas ovelhas por não estar acompanhando ela, a seu juízo, o ritmo dos demais.
Uma das paisagens que exemplifica bem os erros da avaliação que todos cometemos ao julgar a semelhante está em Lucas, de 32 a 43 em que Cristo canoniza o “Bom Ladrão”, preso a uma cruz, com o próprio Jesus.
Só nesta leitura, dom Eusébio teria elementos para ser mais cauteloso em seus julgamentos!
Lida atentamente, a passagem mostra como a sociedade da época condenou o ladrão, reservando-lhe a cruel e áspera lição da cruz!
Áspera e cruel lição que se tornou a chave da salvação, pois, o Bom Pastor, pelos exemplos da vida que deu ao mundo, tocou fundo o coração do malfeitor que, arrependido, clamava pelo divino perdão!
Basta, pois, àqueles que têm o hábito de julgar, uma séria meditação a respeito dessa passagem para ver o quanto Deus é misericordioso!
Isso se aplica a todos, inclusive a Dom Eusébio Scheidt.
O que não poderíamos fazer é omitirmo-nos diante do fato e, ao registrá-lo, torcer para que jamais se repita entre nós.
Se Dom Eusébio não aprender esta lição, vai dar muito trabalho ao Espírito Santo, na escolha de João Paulo II, o nosso já saudoso JOÃO DE DEUS!
Correio Muriaense - 16 de abril 2005
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