quinta-feira, junho 22, 2006

Editorial

Apesar de tímidos protestos, o Banco do Brasil patrocinou um evento artístico em que um dos participantes arranjava um terço católico, dando-lhe a forma de pênis, num frontal desrespeito a um dos símbolos da fé cristã.
Longe de nós quere cercear a linguagem artística, mas quando uma entidade da dimensão do Banco do Brasil, se propõe a patrocinar uma amostra deste teor, não podemos deixar de temer conseqüências piores caso, por exemplo, ocorreria se nosso principal banco resolvesse patrocinar também, aqueles artistas que pintaram Maomé, com a cara de um terrorista!
Todos e lembram da onda de protestos que varreu a Europa e só foi contida com formal pedido de desculpas de vários governos, como o francês, berço do iluminismo e da liberdade de expressão.
Ignorar o fundamentalismo religioso é prova de estupidez e não podemos concordar que recursos públicos sejam desviados para agredir a nossa fé, da mesma forma que não aceitamos a interferência religiosa em assuntos de Governo, venha ela de onde vier.
Espetáculos como aquele , apresentados num canal aberto de TV, em que o pintor mostrava Nossa Senhora Aparecida em nu frontal, como sua obra-prima, não podem ser vistos como manifestações de liberdade de expressão e, sim, como uma afronta que deveria merecer, do público e da emissora, repúdio total.
-Ou será que estamos enganados?