SOBRE O CORPO DE BOMBEIROS MURIAÉ MARÇO 2006
11 de março de 2006
Dentre as mais festejadas iniciativas do poder público está a instalação, aqui em Muriaé, do 8º Pelotão do Corpo de Bombeiros.
Esperados por nós, há mais de 40 anos, passam eles a suprir inúmeras carências na área de segurança da cidade, como passamos a relatar, como exemplo, com base em nossas experiências pessoais.
Um mês após termos fixado residência em Muriaé, após 15 anos de Rio de Janeiro, fomos procurados por um senhor que se identificou como "o vigia noturno da Avenida JK".
Solicitava ele uma contribuição mensal "para proteger a casa contra assaltos" e não tivemos dúvida em lhe dizer que não iríamos pagar aquela taxa, pois não achávamos justo ter que remunerar uma segurança particular, para aquele fim.
Surpreendentemente, ele sorriu e, em tom ameaçador, disse-nos que "se a casa fosse arrombada, ele não teria culpa alguma..."
Ouvi a ameaça e, no mesmo tom, afirmei-lhe que, se tal ocorresse, ele seria o principal suspeito!
Recordo que, depois daquela conversa, jamais o vi de novo e, enquanto morei na JK, não tivemos qualquer incidente, na área de segurança.
Recordo também que, há cerca de 10 anos, no dia em que minha nora ia inaugurar uma locadora de vídeos, ali na Armação, ao chegar à loja, encontrou-se arrombada, com os ladrões levando todos os vídeos, várias fitas, queimando outras e deixando a ameaça de que, "se déssemos parte à polícia", eles pegariam nosso neto, garoto ainda, em idade pré-escolar.
Isto não impediu a feitura do BO mas, pelas ciscunstâncias, minha nora fechou a casa, com perda total, pois nada foi recuparado.
Num outro momento, passávamos, minha esposa e eu, à frente de uma escola, onde meninos e meninas, de 8 a 15 anos, eram revistados por homens vestidos de preto, num total desrespeito ao Estatuto do Menor!
O mais grave é que muitos dos educadores com quem comentamos o fato, justificavam tais "revistas" feitas por pessoal de qualificação duvidosa e de maneira ilegal!
Temos agora, como problema mais recente, este "presente de grego", a instalação de uma penitenciária em nosso solo que requer, não só um batalhão do Corpo de Bombeiros como uma turma de Choque, pois rebeliões e tentativas de fuga fazem parte da rotina dessas instituições penais.
E todos sabem que não estamos pintando o quadro com as tintas do pessimismo!
Uma unidade do Corpo de Bombeiros não foi feita para tais rotinas mas ele libera forças de segurança para atividades que lhe são pertinentes.
Os números devem revelar, por outro lado, que não são muitos os registros de grandes incêndios, na história de Muriaé.
Lembramo-nos de 3 ou 4 ocorrências, nos últimos 50 anos, sem vítimas e envolvidos por maliciosos boatos sobre nebulosas origens.
Há, no entanto, um fato que torna preocupante a vinda do Corpo de Bombeiros para cá, qual seja, o de todos "abrirmos a guarda", deixando de nos preocupar com a prevenção de incêndios, como temos feito.
A corporação deve estar atenta para este fator pois, como sabemos, nossos "homens do fogo" são altamente profissionais.
Resta-nos, ao dar boas-vindas ao Corpo de Bombeiros, torcer para que eles tenham pouquíssimo trabalho e que aqui sejam felizes e respeitados como o são, em todas as grandes cidades do País!
Dentre as mais festejadas iniciativas do poder público está a instalação, aqui em Muriaé, do 8º Pelotão do Corpo de Bombeiros.
Esperados por nós, há mais de 40 anos, passam eles a suprir inúmeras carências na área de segurança da cidade, como passamos a relatar, como exemplo, com base em nossas experiências pessoais.
Um mês após termos fixado residência em Muriaé, após 15 anos de Rio de Janeiro, fomos procurados por um senhor que se identificou como "o vigia noturno da Avenida JK".
Solicitava ele uma contribuição mensal "para proteger a casa contra assaltos" e não tivemos dúvida em lhe dizer que não iríamos pagar aquela taxa, pois não achávamos justo ter que remunerar uma segurança particular, para aquele fim.
Surpreendentemente, ele sorriu e, em tom ameaçador, disse-nos que "se a casa fosse arrombada, ele não teria culpa alguma..."
Ouvi a ameaça e, no mesmo tom, afirmei-lhe que, se tal ocorresse, ele seria o principal suspeito!
Recordo que, depois daquela conversa, jamais o vi de novo e, enquanto morei na JK, não tivemos qualquer incidente, na área de segurança.
Recordo também que, há cerca de 10 anos, no dia em que minha nora ia inaugurar uma locadora de vídeos, ali na Armação, ao chegar à loja, encontrou-se arrombada, com os ladrões levando todos os vídeos, várias fitas, queimando outras e deixando a ameaça de que, "se déssemos parte à polícia", eles pegariam nosso neto, garoto ainda, em idade pré-escolar.
Isto não impediu a feitura do BO mas, pelas ciscunstâncias, minha nora fechou a casa, com perda total, pois nada foi recuparado.
Num outro momento, passávamos, minha esposa e eu, à frente de uma escola, onde meninos e meninas, de 8 a 15 anos, eram revistados por homens vestidos de preto, num total desrespeito ao Estatuto do Menor!
O mais grave é que muitos dos educadores com quem comentamos o fato, justificavam tais "revistas" feitas por pessoal de qualificação duvidosa e de maneira ilegal!
Temos agora, como problema mais recente, este "presente de grego", a instalação de uma penitenciária em nosso solo que requer, não só um batalhão do Corpo de Bombeiros como uma turma de Choque, pois rebeliões e tentativas de fuga fazem parte da rotina dessas instituições penais.
E todos sabem que não estamos pintando o quadro com as tintas do pessimismo!
Uma unidade do Corpo de Bombeiros não foi feita para tais rotinas mas ele libera forças de segurança para atividades que lhe são pertinentes.
Os números devem revelar, por outro lado, que não são muitos os registros de grandes incêndios, na história de Muriaé.
Lembramo-nos de 3 ou 4 ocorrências, nos últimos 50 anos, sem vítimas e envolvidos por maliciosos boatos sobre nebulosas origens.
Há, no entanto, um fato que torna preocupante a vinda do Corpo de Bombeiros para cá, qual seja, o de todos "abrirmos a guarda", deixando de nos preocupar com a prevenção de incêndios, como temos feito.
A corporação deve estar atenta para este fator pois, como sabemos, nossos "homens do fogo" são altamente profissionais.
Resta-nos, ao dar boas-vindas ao Corpo de Bombeiros, torcer para que eles tenham pouquíssimo trabalho e que aqui sejam felizes e respeitados como o são, em todas as grandes cidades do País!
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