quinta-feira, outubro 26, 2006

SONETO TELEFÔNICO

SONETO TELEFÔNICO


Eu quis ouvir a bela voz de Ivone,
Para melhor poder fazer os meus versos,
Mas como não achei seu telefone,
Eu fui discando números diversos.

No dois três nove um nove sete três,
Alguém disse para mim: Ligue depois!
Não era Ivone e perecia a Inês,
Mas o de Inês termina em sete-dois!

Logo a seguir, disquei o quatro-sete,
Mais quatro-nove-umpquatro e mais um só.
E assim me disse Dirce, da Feijó:

Ninguém vai atender, pois é o da Bete,
Mas se não for, eu creio que é o da Mônica
Que secretária tem, mas eletrônica...

CÁLICE E VENENO

CÁLICE E VENENO

Maria Feijó e Marcos Coutinho Loures

Na vida, as mais cruéis limitações
Vão sufocando sonhos e prazeres,
Calando a voz de nossos corações
E solapando as ilusões dos seres.

E se o melhor da vida, as ilusões,
Subordinadas são a vil poderes,
O sofrimento e as atribulações
Ao lado estão de nossos afazeres.

O grande pensa e sofre o que é pequeno
Mas o pensar também traz sofrimento!
Assim é a vida: cálice e veneno,

Emergente de esferas abissais...
É luz que se perdeu no firmamento,
Uma ilusão fugaz... E nada mais!

Obs: o primeiro quarteto é de Maria Feijó, os outros de Marcos Coutinho Loures

A MOCIDADE ACRÓSTICO

A MOCIDADE ACRÓSTICO

Posso dizer que sinto bem presente,
As lembranças de minha mocidade...
Recordação feliz, pura e inocente,
Acalanto de vida e liberdade!

Belo sonho de amor! Ela é semente
É luz, é chama, é fogo e claridade
No coração de quem, de amor carente,
Se manifesta em foram de saudade...

E quando a juventude, enfim, termina,
Leva a ilusão, o sonho e a fantasia!
A mocidade é assim: tem a magia

Indizível de um sonho de menina!
Nada mais belo aqui na terra existe
E nada mais fugaz e nem mais triste...

PARA UM POETA

PARA UM POETA

FEITO POR ANTONIO VIÇOSO MAGALHÃES

Novo era o Reino e o Mensageiro antigo
Sentiu que após as derradeiras pontes,
A sua voz tinha um sabor de trigo
E o seu olhar transpunha os horizontes...

Via o mundo liberto do castigo
Dos mesmos rumos pelos mesmos montes,
Pois, para sua sede de perigo,
O coração se extravasara em fontes...

Agora, o seu corcel fere a paisagem,
Traduz em outros cantos a mensagem
Dos Reinos que, sozinho, vislumbrou...

Seu próprio itinerário é uma surpresa,
Pois ele empunha o facho da beleza,
Nas vias que o seu verso iluminou!

Doutor Bruno e a Jaqueline

Vou querer que me examine
A Doutora Jaqueline
Para ver o meu estado;
Já fui a muitos lugares
Mas ando desanimado
Com minhas dores lombares.

-Dói, se me deito de lado
E dói, se fico sentado
Em frente à televisão;
-Se fico em casa ou não saio,
Dói em qualquer posição,
Meu bico de papagaio!

Para este mal que me alcança,
Doutora é minha esperança,
Por ser muito competente;
Ela tem as mãos de fada
E minha coluna, doente,
Com ela fica curada!

Talvez faça RPG
Que é bom pra mim, só porque
Eu também tenho cifose .
Doutora é boa de fato!
Para as artrites, e artrose,
Traz alívio imediato!

Faz milagres na piscina
E a seus “alunos” ensina
A dominar qualquer dor!
Acredite se quiser:
Com ondas curtas, calor,
Consegue curar a LER!

Nos AVCs, na isquemia,
Pela fisioterapia,
Tem ótimos resultados.
A Doutora não se cansa
E deixa todos curados,
Seja um adulto ou criança!

Mas, além de competente,
Ela é mesmo diferente,
Pela beleza invulgar!
Isto é o que diz cada aluno,
E assim pôde conquistar
Todo o amor do Doutor Bruno!

Que sejam muito felizes,
Superando as cicatrizes
Que, na vida, são normais!
E que vivam sempre bem,
Pois, sendo ela especial,
O Doutor Bruno é também!


Primavera de 2006