COMENTANDO - SOBRE GENÉTICA, RELIGIÃO E BENGALADAS
Devido aos progressos da Ciência, a humanidade caminha para grandes impasses de ordem moral, como já estamos acompanhando.
Especialistas garantem que, na área da Engenharia Genética, tais obstáculos serão ainda maiores. A ponto de se tornar necessária a elaboração de um CÓDIGO DE CONDUTA, a ser seguido por todo o mundo científico.
Se tal ocorrer, o primeiro desentendimento virá de grupos religiosos que se julgam donos da verdade e da moral, em todo o universo.
Cabe lembrar que a proposta de se criar um “Conselho de Sábios” para dirimir os impasses, já foi feita, mas fadada ao fracasso, como a história registra.
Um exemplo bem recente, de que não se pode ir por outro caminho, vem do Afeganistão, onde uma nativa, chamada Mai Bibi, foi condenada pelo Conselho de Anciãos a ser estuprada por 14 homens, por ter o irmão da jovem, molestado uma garota da tribo...
Levando-se em conta o fator histórico, não se pode desprezar a incompatibilidade entre o fundamentalismo religioso e a ciência que, como água e óleo, não se misturam!
Para quem tem dúvidas a respeito, basta recordar que o poeta Salman Rushdie foi condenado à morte, por ter escrito um poema, considerado ofensivo ao Islã.
Assuntos envolvendo aspectos morais e religiosos, em confronto com a ciência, muitas vezes são resolvidos, ainda hoje à moda dirceuniana, isto é, fartas distribuições de bengaladas...
Mas, ironias a parte, basta ver em que nível está o debate a respeito da retirada de órgãos, para doação, de bebês nascidos sem cérebro que, recém-nascidos, respiram e se alimentam como bebês normais.
Em resumo, se não fosse o diagnóstico médico, com prognóstico sombrio, ninguém diria que aqueles bebês eram anormais.
Sendo assim, para a retirada de órgãos dessas crianças, o primeiro passo é dar-lhes morte caridosa e é aí que começa a discussão.
Entre os que aprovam esse tipo de eutanásia, está Amâncio Carvalho, uns dos diretores do Ministério da Saúde, e do outro lado estão católicos e o próprio Coordenador Geral dos Transplantes, do Brasil!
Temos aí, um belo dilema, como o tivemos, em relação à liberação de pesquisas com células embrionárias.
Estas questões são muito mais profundas do que se imagina, pois coloca em discussão a própria natureza humana!
Matar um ser humano, embora terminal, para salvar a vida de outro, é tornar legal a eutanásia, desde que para fins medicinais...
As recentes decisões da justiça brasileira são muito superficiais e, apenas, colocam mais lenha na fogueira.
Gostaríamos de acreditar na infabilidade da Ciência e da Religião para firmar uma posição a respeito do assunto, mas as coisas não são bem assim.
Os cientistas, assim como os religiosos são seres falíveis e o grau de complexidade moral envolvendo o assunto exige muita cautela.
Enquanto não tiver uma plena definição de todos os aspectos envolvidos num transplante de tal natureza, é bom que continuem as discussões.
Infelizmente, só nos resta esperar que, de algum lugar, surja uma luz capaz de orientar as inteligências, no sentido de sabermos o que é certo e o que é errado, neste impasse que não pode e nem deve ser resolvido com algumas bengaladas na cabeça de quem discordamos, com virou moda, no conturbado mundo de hoje...
Especialistas garantem que, na área da Engenharia Genética, tais obstáculos serão ainda maiores. A ponto de se tornar necessária a elaboração de um CÓDIGO DE CONDUTA, a ser seguido por todo o mundo científico.
Se tal ocorrer, o primeiro desentendimento virá de grupos religiosos que se julgam donos da verdade e da moral, em todo o universo.
Cabe lembrar que a proposta de se criar um “Conselho de Sábios” para dirimir os impasses, já foi feita, mas fadada ao fracasso, como a história registra.
Um exemplo bem recente, de que não se pode ir por outro caminho, vem do Afeganistão, onde uma nativa, chamada Mai Bibi, foi condenada pelo Conselho de Anciãos a ser estuprada por 14 homens, por ter o irmão da jovem, molestado uma garota da tribo...
Levando-se em conta o fator histórico, não se pode desprezar a incompatibilidade entre o fundamentalismo religioso e a ciência que, como água e óleo, não se misturam!
Para quem tem dúvidas a respeito, basta recordar que o poeta Salman Rushdie foi condenado à morte, por ter escrito um poema, considerado ofensivo ao Islã.
Assuntos envolvendo aspectos morais e religiosos, em confronto com a ciência, muitas vezes são resolvidos, ainda hoje à moda dirceuniana, isto é, fartas distribuições de bengaladas...
Mas, ironias a parte, basta ver em que nível está o debate a respeito da retirada de órgãos, para doação, de bebês nascidos sem cérebro que, recém-nascidos, respiram e se alimentam como bebês normais.
Em resumo, se não fosse o diagnóstico médico, com prognóstico sombrio, ninguém diria que aqueles bebês eram anormais.
Sendo assim, para a retirada de órgãos dessas crianças, o primeiro passo é dar-lhes morte caridosa e é aí que começa a discussão.
Entre os que aprovam esse tipo de eutanásia, está Amâncio Carvalho, uns dos diretores do Ministério da Saúde, e do outro lado estão católicos e o próprio Coordenador Geral dos Transplantes, do Brasil!
Temos aí, um belo dilema, como o tivemos, em relação à liberação de pesquisas com células embrionárias.
Estas questões são muito mais profundas do que se imagina, pois coloca em discussão a própria natureza humana!
Matar um ser humano, embora terminal, para salvar a vida de outro, é tornar legal a eutanásia, desde que para fins medicinais...
As recentes decisões da justiça brasileira são muito superficiais e, apenas, colocam mais lenha na fogueira.
Gostaríamos de acreditar na infabilidade da Ciência e da Religião para firmar uma posição a respeito do assunto, mas as coisas não são bem assim.
Os cientistas, assim como os religiosos são seres falíveis e o grau de complexidade moral envolvendo o assunto exige muita cautela.
Enquanto não tiver uma plena definição de todos os aspectos envolvidos num transplante de tal natureza, é bom que continuem as discussões.
Infelizmente, só nos resta esperar que, de algum lugar, surja uma luz capaz de orientar as inteligências, no sentido de sabermos o que é certo e o que é errado, neste impasse que não pode e nem deve ser resolvido com algumas bengaladas na cabeça de quem discordamos, com virou moda, no conturbado mundo de hoje...
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home