DE SORTE E DE SHAKESPEARE
Sabe-se que a Justiça Federal determinou à Caixa Econômica Federal, o pagamento de um prêmio de 1 milhão de reais, apesar de o ganhador ter perdido o bilhete que comprovaria a aposta feita, há 11 anos!
Estava o Juiz convencido de que, pelos números sorteados, o ganhador só poderia ser o reclamante, visto que ele repetia sempre o mesmo jogo, com datas de aniversário, só de conhecimento do jogador.
Pela dificuldade da ação todos dizem que o “sortudo” ganhou, por duas vezes, na loteria de números!
Uma situação semelhante terá pouquíssima probabilidade de se repetir, informam nossos matemáticos de plantão...
Devemos confessar que, em relação a jogos, somos testemunhas de situações fantásticas das quais tomo a liberdade de narrar uma delas.
Estávamos na segunda metade dos anos 50 e trabalhávamos no Colégio São Paulo, onde um professor, noivo na ânsia de conquistar fortuna através do jogo, acabou se viciando, inclusive no popular “jogo do bicho”.
Só em bilhetes da Loteria Mineira, gastava mais da metade do salário, para desespero da futura esposa.
Sem esperanças de que algo mudasse a vida dos dois, a noiva “radicalizou”, determinando que ele escolhesse entre ela e o jogo, mas como ele nada definia, ela resolveu romper o noivado!
Em desespero, ele tentou voltar, mas, para tal, só havia aquela condição, ou seja, ele teria que parar de jogar!
Era sexta-feira e a venda de bilhetes, ali na “Banca da Praça”, se encerrava às 14 h, onde o Caruso deixava separado, na gaveta, o bilhete inteiro, com o número, “perseguido” há anos pelo professor apaixonado...
Uma hora antes do fechamento das vendas, Caruso recebeu o recado do mestre, dizendo que não iria mais jogar, que poderia vender o bilhete para outro,
Tirando o mesmo da gaveta, Caruso ainda relutou um pouco em colocá-lo à venda, um pouco antes das 14 horas, naquela tarde inesquecível...
Em poucos minutos, um freguês entrou na Banca, viu o bilhete e, sem pensar duas vezes, comprou-o, para tristeza do Caruso que, no fundo, no fundo, queria mesmo é que o bilhete “encalhasse”, pois, quem sabe?...
Bem antes do sorteio, algo estranho pairava no ar, um certo clima de desconforto, envolvendo os nossos principais personagens.
E aconteceu exatamente aquilo que, a bem da verdade, só aquele freguês de última hora queria:
Irremediavelmente tocado pelas mãos do destino, o bilhete foi premiado como o PRIMEIRO prêmio, aquela “bolada” com que o mestre sonhou durante tantos anos e que Caruso desejou, por um instante...
Jamais alguém poderia imaginar que uma trama tão bem urdida assim, fosse de fato acontecer, por obra e graça de forças que, de maneira imperceptível, comandam o destino de todos os mortais...
Assim também pensando, a noiva perdoou o bem amado, que voltou a jogar e, pouco tempo depois, eles se casaram, pobres, mas felizes...
Raramente voltaram a falar sobre o ocorrido que, pelo visto, passou a fazer parte de indesejáveis lembranças do passado.
Estava o Juiz convencido de que, pelos números sorteados, o ganhador só poderia ser o reclamante, visto que ele repetia sempre o mesmo jogo, com datas de aniversário, só de conhecimento do jogador.
Pela dificuldade da ação todos dizem que o “sortudo” ganhou, por duas vezes, na loteria de números!
Uma situação semelhante terá pouquíssima probabilidade de se repetir, informam nossos matemáticos de plantão...
Devemos confessar que, em relação a jogos, somos testemunhas de situações fantásticas das quais tomo a liberdade de narrar uma delas.
Estávamos na segunda metade dos anos 50 e trabalhávamos no Colégio São Paulo, onde um professor, noivo na ânsia de conquistar fortuna através do jogo, acabou se viciando, inclusive no popular “jogo do bicho”.
Só em bilhetes da Loteria Mineira, gastava mais da metade do salário, para desespero da futura esposa.
Sem esperanças de que algo mudasse a vida dos dois, a noiva “radicalizou”, determinando que ele escolhesse entre ela e o jogo, mas como ele nada definia, ela resolveu romper o noivado!
Em desespero, ele tentou voltar, mas, para tal, só havia aquela condição, ou seja, ele teria que parar de jogar!
Era sexta-feira e a venda de bilhetes, ali na “Banca da Praça”, se encerrava às 14 h, onde o Caruso deixava separado, na gaveta, o bilhete inteiro, com o número, “perseguido” há anos pelo professor apaixonado...
Uma hora antes do fechamento das vendas, Caruso recebeu o recado do mestre, dizendo que não iria mais jogar, que poderia vender o bilhete para outro,
Tirando o mesmo da gaveta, Caruso ainda relutou um pouco em colocá-lo à venda, um pouco antes das 14 horas, naquela tarde inesquecível...
Em poucos minutos, um freguês entrou na Banca, viu o bilhete e, sem pensar duas vezes, comprou-o, para tristeza do Caruso que, no fundo, no fundo, queria mesmo é que o bilhete “encalhasse”, pois, quem sabe?...
Bem antes do sorteio, algo estranho pairava no ar, um certo clima de desconforto, envolvendo os nossos principais personagens.
E aconteceu exatamente aquilo que, a bem da verdade, só aquele freguês de última hora queria:
Irremediavelmente tocado pelas mãos do destino, o bilhete foi premiado como o PRIMEIRO prêmio, aquela “bolada” com que o mestre sonhou durante tantos anos e que Caruso desejou, por um instante...
Jamais alguém poderia imaginar que uma trama tão bem urdida assim, fosse de fato acontecer, por obra e graça de forças que, de maneira imperceptível, comandam o destino de todos os mortais...
Assim também pensando, a noiva perdoou o bem amado, que voltou a jogar e, pouco tempo depois, eles se casaram, pobres, mas felizes...
Raramente voltaram a falar sobre o ocorrido que, pelo visto, passou a fazer parte de indesejáveis lembranças do passado.
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