MEMÓRIAS ROMÂNTICAS DE UM PROFESSOR
Estamos convencidos de que fizemos parte de um tempo considerado "romântico", na área da educação.
Sem qualquer grau de saudosismo podemos afirmar que, nos idos dos anos 50, a carreira de professor era vista como uma espécie de sacerdócio, inspirada em Dom Bosco, o primeiro grande pedagogo católico.
Quase nenhuma família tinha condições financeiras para colocar seus filhos nas escolas, especialmente as do interior.
Uns poucos alunos conseguiam chegar ao ensino médio e uma quantidade menor ainda chegava à universidade, após passar por um rigoroso processo de seleção, o vestibular.
Era o ensino fundamental dividido em dois períodos de 4 anos, cada, sendo os 4 primeiros chamados de "primário" e os 4 últimos de "ginásio" mas, entre eles, havia um verdadeiro vestibular, o chamado "admissão" que, na prática, era um 5º ano primário.
Com a aprovação no "admissão", o aluno tinha livre acesso ao "ginásio", após puxados estudos de Protuguês, Matemática, História e Geografia, muitas vezes comandados por D. julieta, famosa pela disciplina imposta a seus alunos...
Eram as atividades docentes supervisionadas pelo MEC, através dos Inspetores de Ensino, como Dra. Maria Bandeira de Melo, Dr. Fontaínha, Dr. Álvaro Roldão e o encarregado de todos eles, da Seccional de Juiz de Fora, Dr. Lamas.
Recordamos que, por falta de professores registrados, o interessado em lecionar solicitava uma autorização provisória para lecionar, renovavel por mais dois anos, a critério da Seccional de Juiz de Fora.
Todos os professores não registrados era, de quando em quando, convocados para um exame, promovido pelo MEC e, caso fossem aprovados, recebiam registro definitivo da disciplina, equivalente a uma licenciatura de curta duração.
Estávamos nesta dependência até que, no final do anos 50, as Irmãs Marcelinas resolveram criar, em Muriaé, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e, apenas como curiosidade, coube-nos ministrar as aulas do curso pré-vestibular promovido por aquela faculdade, na disciplina Protuguês.
Justamente devido ao espírito empreendedor das Marcelinas, foi criado o curso de Pedagogia, o 2º a ser autorizado em todas a Minas Gerais, razão pela qual, para aqui vinham alunos de quase todas as cidades mineiras, inclusive de Juiz de Fora, onde não havia o referido curso.
A oferta de novos cursos, ligados à área da educação, foi o ponto de partida para um grande desenvolvimento regional até que, com a criação de novas faculdades em cidades próximas, tal responsabilidade ficou dividida.
Merece, pois, destaque o pioneirismo das Irmãs Marcelinas a quem muito devemos na área educacional, não só Muriaé como toda a região.
A pessoa que, sem dúvida, encarna este espírito empreendedor é a incansável Irmã Annina Bisegna, muito bem sucedida pela competente Irmã Cristina, impecável em sua conduta profissional.
Indo ao encontro de necessidades modernas, o ensino tornou-se mais profissional, mudança desejável mas assustadora.
Se lembranças ficaram daqueles tempos românticos, uma delas foi a do mestre que, apesar de "mendigo de gravata", era querido e respeitado por seus alunos, com ainda se vê nos dias de hoje, com menos frequência, mas com a mesma intensidade!
Sem qualquer grau de saudosismo podemos afirmar que, nos idos dos anos 50, a carreira de professor era vista como uma espécie de sacerdócio, inspirada em Dom Bosco, o primeiro grande pedagogo católico.
Quase nenhuma família tinha condições financeiras para colocar seus filhos nas escolas, especialmente as do interior.
Uns poucos alunos conseguiam chegar ao ensino médio e uma quantidade menor ainda chegava à universidade, após passar por um rigoroso processo de seleção, o vestibular.
Era o ensino fundamental dividido em dois períodos de 4 anos, cada, sendo os 4 primeiros chamados de "primário" e os 4 últimos de "ginásio" mas, entre eles, havia um verdadeiro vestibular, o chamado "admissão" que, na prática, era um 5º ano primário.
Com a aprovação no "admissão", o aluno tinha livre acesso ao "ginásio", após puxados estudos de Protuguês, Matemática, História e Geografia, muitas vezes comandados por D. julieta, famosa pela disciplina imposta a seus alunos...
Eram as atividades docentes supervisionadas pelo MEC, através dos Inspetores de Ensino, como Dra. Maria Bandeira de Melo, Dr. Fontaínha, Dr. Álvaro Roldão e o encarregado de todos eles, da Seccional de Juiz de Fora, Dr. Lamas.
Recordamos que, por falta de professores registrados, o interessado em lecionar solicitava uma autorização provisória para lecionar, renovavel por mais dois anos, a critério da Seccional de Juiz de Fora.
Todos os professores não registrados era, de quando em quando, convocados para um exame, promovido pelo MEC e, caso fossem aprovados, recebiam registro definitivo da disciplina, equivalente a uma licenciatura de curta duração.
Estávamos nesta dependência até que, no final do anos 50, as Irmãs Marcelinas resolveram criar, em Muriaé, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e, apenas como curiosidade, coube-nos ministrar as aulas do curso pré-vestibular promovido por aquela faculdade, na disciplina Protuguês.
Justamente devido ao espírito empreendedor das Marcelinas, foi criado o curso de Pedagogia, o 2º a ser autorizado em todas a Minas Gerais, razão pela qual, para aqui vinham alunos de quase todas as cidades mineiras, inclusive de Juiz de Fora, onde não havia o referido curso.
A oferta de novos cursos, ligados à área da educação, foi o ponto de partida para um grande desenvolvimento regional até que, com a criação de novas faculdades em cidades próximas, tal responsabilidade ficou dividida.
Merece, pois, destaque o pioneirismo das Irmãs Marcelinas a quem muito devemos na área educacional, não só Muriaé como toda a região.
A pessoa que, sem dúvida, encarna este espírito empreendedor é a incansável Irmã Annina Bisegna, muito bem sucedida pela competente Irmã Cristina, impecável em sua conduta profissional.
Indo ao encontro de necessidades modernas, o ensino tornou-se mais profissional, mudança desejável mas assustadora.
Se lembranças ficaram daqueles tempos românticos, uma delas foi a do mestre que, apesar de "mendigo de gravata", era querido e respeitado por seus alunos, com ainda se vê nos dias de hoje, com menos frequência, mas com a mesma intensidade!
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