domingo, junho 11, 2006

DA TAXA DE JUROS


Quando o COPOM – Comitê de política monetária, se reúne, cresce a expectativa da alteração da taxa de juros.
Um dos motivos desse fato é a permanência do Brasil em primeiro lugar, no que tange aos juros que paga aos investidores internacionais.
Insistindo na afirmação de que isto se deve à política de controle da inflação, o Banco Central tem enfrentado muitos opositores!
“_Se assim fosse, países sem inflação deveriam ter altíssimas taxas de juros”, argumentam os críticos da política monetária.
E citam, como exemplo, a Argentina, onde os juros são baixos e a inflação há muito está sob controle.
Resta saber se, com juros baixos, o volátil capital especulativo iria continuar no Brasil – respondem os defensores das taxas atuais.
As simples especulações sobre o aumento de juros, nos Estados Unidos, agitam o mercado que teme uma fuga de investidores no País.
A argumentação do nosso Vice-Presidente da República é acompanhada por um coro interminável de empresários em todo o País.
Refletindo tais argumentos, outros ministros do próprio governo não e acanham em apoiar o Vice, no que chamam de “fogo amigo”...
Irritadas com as criticas, outras autoridades dentre as quais o próprio Presidente Lula saem em defesa do COPOM e nada se altera.
Com argumentos contraditórios, chega-se à conclusão de que, “na prática, a teoria é outra”, pois, enfrentando queda de ministros e denúncias de corrupção, a economia se mostra inabalável!
Insistindo em dar como exemplo os juros praticados, internamente, pelos bancos, o Presidente joga sobre o consumidor “que não troca de Banco, que não pechincha”, as causas de juros bancários elevados.
A solução que Lula apresenta, é bom que se diga, soa como “trocar o seis por meia dúzia”, pois não há como pechinchar em tais casos.
Recordamos também que, historicamente são sempre os Bancos que escolhem os clientes e, não, o contrário, como sugere o Presidente.
Ter conta em Banco é, ainda, uma questão de status, num País de tantos miseráveis e uma conta aberta não fica de graça!
E é bom que se diga que há muito pouca diferença entre taxas ou custos bancários e não será uma simples troca que dará ao cliente vantagens substanciais, fazendo as taxas caírem no atacado.
Uma visão mais clara do mercado financeiro parece difícil, com tanta gente dando opiniões descabidas, tanto interna quanto externamente.
- Como poderíamos entender, pois esse emaranhado;
O governo precisa sim, aumentar os juros, porque GASTA MAIS DO QUE DEVIA, perdendo o controle sobre a taxa de juros, tanto interna quanto externa, aquela estabelecida pelo COPOM.
Realmente, é muito mais fácil jogar sobre os ombros do consumidor a culpa pelos altos juros cobrados pelos Bancos...
Parece complicado, mas tudo funciona como se o País fosse uma família que, se souber controlar seus gastos, não terá problemas de juros.
O resto, é conversa para “inglês ver” ou “para boi dormir”...