Comentando - da relação BANCO E CLIENTES
Selecionamos, para tema de hoje, um acontecimento que, de maneira indelével, ficou gravado em nossa memória.
As minhas lembranças transportam-nos aos primeiros anos da década de 60, quando nosso nome foi escolhido, pelo Governador de Minas, Jose de Magalhães Pinto, para dirigir a E.E. Prof. Orlando de Lima Faria.
Baseada em critérios técnicos, aquela nomeação deu-nos a oportunidade de executar um trabalho que rendeu bons frutos, por longo tempo.
Embora com a qualificação profissional exigida para a função, a mudança de governo trouxe-nos entraves burocráticos, na formalização da posse, fato que bloqueou, por meses, o nosso salário.
Sem termos a quem recorrer, tudo piorou, com o agravamento do estado de saúde de minha esposa, que teve que buscar tratamento médico em Belo Horizonte, com Dr. Jose Luiz de Vasconcelos, grande angiologista.
Os recursos financeiros exauridos, com mais de um ano de atraso de pagamento de salários, tudo isso não impediu que continuássemos a trabalhar, com o apoio de mestres e funcionários abnegados, em sua maioria.
Quase no limite do desespero, com um pedido informal de despejo por não estar pagando os alugueis, recebemos a notícia de que a esposa deveria ser operada e, sem qualquer assistência previdenciária, conseguimos negociar as despesas da operação que ficaram para serem pagas, assim que o Governo de Minas nos pagasse os salários atrasados.
Um acontecimento inesperado iria mudar o rum das coisas e passo a relatá-lo aqui.
Ali, na Praça João Pinheiro, ao lado de outras, havia as agências do Banco Nacional (hoje, Unibanco) e do Crédito Real, nas quais pelos motivos expostos, mantínhamos uma conta corrente, quase desativada.
Na Gerência do Banco Nacional, um homem extraordinário, Jose Amaral de Faria e, na do Crédito Real, outro de igual valor, Jose Gama do Valle.
Tinham eles sabido dos meus problemas e, certo dia, convidaram-me para conversar a respeito das minhas reais necessidades financeiras.
Ouviram com atenção o meu relato e, após uma breve conferencia, apresentaram-me, para assinatura, duas promissórias, uma de cada agência, cujo valor somado superava o de minhas necessidades, após o quê trocaram avais e deixaram à minha disposição, para saque imediato, aquele valor.
É indispensável dizer que, paralelamente, comprometeram-se a buscar, através de amigos, em Belo Horizonte, a solução do problema de atraso dos meus pagamentos.
Saindo daquela reunião, fomos para Belo Horizonte e, após bem sucedida operação de minha esposa, conseguimos pagar todas as despesas hospitalares e médicas, graças ao empréstimo que havíamos tomado.
Buscando também, ao regressarmos a Muriaé, um novo aparamento para alugar, depois de pagar os alugueis atrasados.
Em pouco mais de uma semana após estes fatos, o amigo Sergio Cambraia trazia, em mãos, finalmente, a Ordem de Pagamento, autorizando o crédito, em minha conta de todos os valores atrasados, por mais de um ano!
Lembranças com estas, realmente, não podem se apagar nunca de nossa memória e falam de um tipo de relacionamento Banco x Cliente, que o tempo se encarregou de mudar, infelizmente.
Ao recordá-las, não podemos deixar de entender que Jose Amaral de Faria e Jose Gama do Valle, ao procederem como o bom samaritano, escreveram uma das mais belas páginas a inesgotável história de Muriaé...
As minhas lembranças transportam-nos aos primeiros anos da década de 60, quando nosso nome foi escolhido, pelo Governador de Minas, Jose de Magalhães Pinto, para dirigir a E.E. Prof. Orlando de Lima Faria.
Baseada em critérios técnicos, aquela nomeação deu-nos a oportunidade de executar um trabalho que rendeu bons frutos, por longo tempo.
Embora com a qualificação profissional exigida para a função, a mudança de governo trouxe-nos entraves burocráticos, na formalização da posse, fato que bloqueou, por meses, o nosso salário.
Sem termos a quem recorrer, tudo piorou, com o agravamento do estado de saúde de minha esposa, que teve que buscar tratamento médico em Belo Horizonte, com Dr. Jose Luiz de Vasconcelos, grande angiologista.
Os recursos financeiros exauridos, com mais de um ano de atraso de pagamento de salários, tudo isso não impediu que continuássemos a trabalhar, com o apoio de mestres e funcionários abnegados, em sua maioria.
Quase no limite do desespero, com um pedido informal de despejo por não estar pagando os alugueis, recebemos a notícia de que a esposa deveria ser operada e, sem qualquer assistência previdenciária, conseguimos negociar as despesas da operação que ficaram para serem pagas, assim que o Governo de Minas nos pagasse os salários atrasados.
Um acontecimento inesperado iria mudar o rum das coisas e passo a relatá-lo aqui.
Ali, na Praça João Pinheiro, ao lado de outras, havia as agências do Banco Nacional (hoje, Unibanco) e do Crédito Real, nas quais pelos motivos expostos, mantínhamos uma conta corrente, quase desativada.
Na Gerência do Banco Nacional, um homem extraordinário, Jose Amaral de Faria e, na do Crédito Real, outro de igual valor, Jose Gama do Valle.
Tinham eles sabido dos meus problemas e, certo dia, convidaram-me para conversar a respeito das minhas reais necessidades financeiras.
Ouviram com atenção o meu relato e, após uma breve conferencia, apresentaram-me, para assinatura, duas promissórias, uma de cada agência, cujo valor somado superava o de minhas necessidades, após o quê trocaram avais e deixaram à minha disposição, para saque imediato, aquele valor.
É indispensável dizer que, paralelamente, comprometeram-se a buscar, através de amigos, em Belo Horizonte, a solução do problema de atraso dos meus pagamentos.
Saindo daquela reunião, fomos para Belo Horizonte e, após bem sucedida operação de minha esposa, conseguimos pagar todas as despesas hospitalares e médicas, graças ao empréstimo que havíamos tomado.
Buscando também, ao regressarmos a Muriaé, um novo aparamento para alugar, depois de pagar os alugueis atrasados.
Em pouco mais de uma semana após estes fatos, o amigo Sergio Cambraia trazia, em mãos, finalmente, a Ordem de Pagamento, autorizando o crédito, em minha conta de todos os valores atrasados, por mais de um ano!
Lembranças com estas, realmente, não podem se apagar nunca de nossa memória e falam de um tipo de relacionamento Banco x Cliente, que o tempo se encarregou de mudar, infelizmente.
Ao recordá-las, não podemos deixar de entender que Jose Amaral de Faria e Jose Gama do Valle, ao procederem como o bom samaritano, escreveram uma das mais belas páginas a inesgotável história de Muriaé...
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