Comentando - Da quinta coluna, de Osília, de Hans e de Waltinho, um herói muriaense.
Naquele princípio dos anos 40, alastrava-se a Segunda Grande Guerra Mundial, entre as forças do “eixo” e a maioria das outras nações.
O conflito se agravou, como o ataque japonês à base americana de Pearl Harbor, no Havaí, em dezembro de 1941.
Se, ma frente da batalham, o efeito era devastador, países distantes, como o Brasil, também se envolviam no conflito, com a mobilização de todos os cidadãos, mesmo de cidades pequenas, do interior.
Sofrendo as conseqüências da Guerra, imigrantes italianos, japoneses e alemães eram vistos com certa desconfiança pelos extremistas, sendo considerados agentes da chamada “Quinta Coluna”.
O clima de hostilidade também se abateu sobre aquela família oriunda da Itália que havia, há muito, fixado residência em Muriaé, com uma loja na Praça João Pinheiro e cujos membros mais jovens haviam nascido aqui.
Naquele longo período, apesar de terem conseguido o respeito da maioria da população, os italianos não se descuidavam de nada, mantendo desligado o rádio de ondas curtas que haviam comprado, para matar as saudades da terra Natal.
Havia, porém, muitas arestas a serem quebradas, na rua e na escola, onde as crianças freqüentavam o “Grupo Escolar”.
O País que escolheram para viver, muitas vezes se mostrava cruel, na palavra da “mestra” que, ao admoestar a menina, causava-lhe profundas feridas na alma, quando a chamava “Quinta Coluna”...
Se isto ocorria na escola, muito pior era a situação no local de trabalho do pai de família, com insinuações ofensivas que ele fingia não entender.
Mal caía a noite e todos da família iam descansar, em profundo silencio que servia, apenas, para acentuar a provocação de um ou de outro bêbado que gritava na rua, palavras de ordem contra os estrangeiros...
Em situação bem pior ficava o Hans, um alemão muito mais brasileiro que a maioria dos aqui nascidos!
Por varias vezes, a residência dele havia sido “pichada” por um bando de fanáticos que, desta forma, julgavam defender a “honra nacional”!
Era só o Hans mandar apagar as pichações para elas retornarem, com mais fúria, com mais intensidade.
Restava ao bando pichar também o local de trabalho dos italianos, mas o Waltinho, um garoto esperto que engraxava sapatos, soube de tudo e se preparou para o pior.
Todos os envolvidos naquela operação se reuniram e, com uma lata de tinta na mão, foram se aproximando da porta da loja.
Estava, a mesma, semi-aberta e, quando os homens foram chegando, o menino se posicionou, entre eles e a porta, numa atitude desaforada!
No instante seguinte, Waltinho avançou contra a turba e desferiu um pontapé na lata de tinta, derramando todo o seu conteúdo, pela calçada!
Com a inesperada reação, os homens se dispersaram envergonhados, enquanto ali, em frente à loja, todos puderam ver aquele pequeno herói, com os pés sujos de tinta, desafiando os baderneiros!
Ele representava, com seu gesto corajoso, o sentimento das pessoas de Bem desta terra que, ao contrário da mestra preconceituosa e da turba insensata, sabiam respeitar as pessoas, não pela sua origem, mas pelo que eram!
Se algo ficou da segunda Grande Guerra Mundial, foi esta lição, de um simples engraxate que, felizmente, ainda está entre nós, como testemunha e agente de uma das mais belas histórias de Muriaé!
O conflito se agravou, como o ataque japonês à base americana de Pearl Harbor, no Havaí, em dezembro de 1941.
Se, ma frente da batalham, o efeito era devastador, países distantes, como o Brasil, também se envolviam no conflito, com a mobilização de todos os cidadãos, mesmo de cidades pequenas, do interior.
Sofrendo as conseqüências da Guerra, imigrantes italianos, japoneses e alemães eram vistos com certa desconfiança pelos extremistas, sendo considerados agentes da chamada “Quinta Coluna”.
O clima de hostilidade também se abateu sobre aquela família oriunda da Itália que havia, há muito, fixado residência em Muriaé, com uma loja na Praça João Pinheiro e cujos membros mais jovens haviam nascido aqui.
Naquele longo período, apesar de terem conseguido o respeito da maioria da população, os italianos não se descuidavam de nada, mantendo desligado o rádio de ondas curtas que haviam comprado, para matar as saudades da terra Natal.
Havia, porém, muitas arestas a serem quebradas, na rua e na escola, onde as crianças freqüentavam o “Grupo Escolar”.
O País que escolheram para viver, muitas vezes se mostrava cruel, na palavra da “mestra” que, ao admoestar a menina, causava-lhe profundas feridas na alma, quando a chamava “Quinta Coluna”...
Se isto ocorria na escola, muito pior era a situação no local de trabalho do pai de família, com insinuações ofensivas que ele fingia não entender.
Mal caía a noite e todos da família iam descansar, em profundo silencio que servia, apenas, para acentuar a provocação de um ou de outro bêbado que gritava na rua, palavras de ordem contra os estrangeiros...
Em situação bem pior ficava o Hans, um alemão muito mais brasileiro que a maioria dos aqui nascidos!
Por varias vezes, a residência dele havia sido “pichada” por um bando de fanáticos que, desta forma, julgavam defender a “honra nacional”!
Era só o Hans mandar apagar as pichações para elas retornarem, com mais fúria, com mais intensidade.
Restava ao bando pichar também o local de trabalho dos italianos, mas o Waltinho, um garoto esperto que engraxava sapatos, soube de tudo e se preparou para o pior.
Todos os envolvidos naquela operação se reuniram e, com uma lata de tinta na mão, foram se aproximando da porta da loja.
Estava, a mesma, semi-aberta e, quando os homens foram chegando, o menino se posicionou, entre eles e a porta, numa atitude desaforada!
No instante seguinte, Waltinho avançou contra a turba e desferiu um pontapé na lata de tinta, derramando todo o seu conteúdo, pela calçada!
Com a inesperada reação, os homens se dispersaram envergonhados, enquanto ali, em frente à loja, todos puderam ver aquele pequeno herói, com os pés sujos de tinta, desafiando os baderneiros!
Ele representava, com seu gesto corajoso, o sentimento das pessoas de Bem desta terra que, ao contrário da mestra preconceituosa e da turba insensata, sabiam respeitar as pessoas, não pela sua origem, mas pelo que eram!
Se algo ficou da segunda Grande Guerra Mundial, foi esta lição, de um simples engraxate que, felizmente, ainda está entre nós, como testemunha e agente de uma das mais belas histórias de Muriaé!
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