PAULO, PAULO E PAULO; UMA TRÍADE MARCANTE
Quando leio registros feitos no meu “caderno de anotações” reativo a lembrança de acontecimentos que ficaram gravados na memória.
Uma dessas anotações remete-me à 2ª metade dos anos 60, quando a Guerra Fria ameaçava o mundo, com Kruchev e Kennedy se degladiando.
Estávamos assistindo a um jogo de futebol, entre o Estadual e o Tupinambás, de Juiz de Fora, quando nosso técnico, Paulo Galvão,resolveu fazer estrear, no gol, um garoto tímido e comprido, o Paulinho Goulart que ”fechou o gol” naquela e nas partidas subseqüentes.
Pela qualidade técnica, Paulo Goulart veio a ser um dos melhores goleiros do País,muito conhecido por ter sido um dos poucos a defender um pênalti batido por Zico, em pleno Maracanã!
E voltando às nossas anotações, estávamos ainda morando em Muriaé quando um telefonema nos informou que um de nossos cunhados, Dr. Paulo Mannarino, também delegado da Polícia federal, estava internado num hospital de Brasília, chamando por familiares e, de pronto, fomos para lá.
Nem o cansaço da viagem fez com que deixássemos de nos dirigir imediatamente ao hospital, onde ficamos sabendo da necessidade de transferir nosso cunhado para o Rio de Janeiro, de avião.
Após comprarmos as passagens e tomarmos outras providências,pegamos um táxi e nos dirigimos ao aeroporto da capital federal.
O que se seguiu foi deveras inesquecível!
Todos os delegados da PF de Brasília lá estavam, no saguão do aeroporto, a fim de abraçar Dr. Paulo, desejando- lhe boa sorte.
Emocionado e abatido, o enfermo deu algumas entrevistas, despediu-se de seus amigos e tomamos o avião, com destino ao Rio.
Mesmo assim, encontrou forças para brincar, dizendo que os amigos vieram, não para dar -lhe um “até logo” mas para dizer-lhe “adeus”...
Pessimismo ou não, a verdade é que Dr. Paulo jamais voltaria a assumir o posto que ocupava, vitimado, aos 37 anos de idade, pela doença
O espírito conformado, porém, nunca o abandonou, nem mesmo depois de mal sucedida operação a que foi submetido e foi assim que ele, ao se referir à Guerra Fria, assegurou que, “se Kruchev viesse ao Brasil, acabaria desfilando, como destaque, na mangueira ou na Portela e tudo terminaria em samba, no País do carnaval”...
Para completar estas lembranças que vieram à tona com minhas anotações, destacamos que, certa vez, recebemos do poeta Paulo Matos, elogioso convite para prefaciar seu livro “Canções e Poemas Bissextos”.
Era um apanhado de lindos poemas e, para quem não sabe, Paulo Matas, além de poeta, é economista de renome nacional, articulista de primeira linha e filho de Muriaé!
Recordo que após ter elaborado o prefácio, coloquei-o em envelope pardo e o encaminhei, via Correios, para o endereço de Paulinho e foi aí que devo ter cometido um engano fatal!
Devido ao fato de ter morado no Rio de Janeiro, por 15 anos, ao escrevermos o bairro onde ele morava, Grajaú,devemos ter completado o mesmo com a cidade do rio de Janeiro, em vez de Belo Horizonte.
Isto deve ter causado o extravio da correspondência, fato que nos trouxe enorme transtorno, tanto para mim quanto para o amigo.
Devo confessar ser muito difícil fazer esta confissão, pelo carinho que Paulo Matos me merece e pelo respeito que tenho pelas qualidades que ele possui, como Poeta e como economista e, ao encerrar estas linhas, revelo aquilo que registrei, há muitos anos, no meu “caderno de anotações”, a que me referi, no início desta nossa conversa:
-“Os três Paulos: Goulart, Mannarino e Matos...”
Uma dessas anotações remete-me à 2ª metade dos anos 60, quando a Guerra Fria ameaçava o mundo, com Kruchev e Kennedy se degladiando.
Estávamos assistindo a um jogo de futebol, entre o Estadual e o Tupinambás, de Juiz de Fora, quando nosso técnico, Paulo Galvão,resolveu fazer estrear, no gol, um garoto tímido e comprido, o Paulinho Goulart que ”fechou o gol” naquela e nas partidas subseqüentes.
Pela qualidade técnica, Paulo Goulart veio a ser um dos melhores goleiros do País,muito conhecido por ter sido um dos poucos a defender um pênalti batido por Zico, em pleno Maracanã!
E voltando às nossas anotações, estávamos ainda morando em Muriaé quando um telefonema nos informou que um de nossos cunhados, Dr. Paulo Mannarino, também delegado da Polícia federal, estava internado num hospital de Brasília, chamando por familiares e, de pronto, fomos para lá.
Nem o cansaço da viagem fez com que deixássemos de nos dirigir imediatamente ao hospital, onde ficamos sabendo da necessidade de transferir nosso cunhado para o Rio de Janeiro, de avião.
Após comprarmos as passagens e tomarmos outras providências,pegamos um táxi e nos dirigimos ao aeroporto da capital federal.
O que se seguiu foi deveras inesquecível!
Todos os delegados da PF de Brasília lá estavam, no saguão do aeroporto, a fim de abraçar Dr. Paulo, desejando- lhe boa sorte.
Emocionado e abatido, o enfermo deu algumas entrevistas, despediu-se de seus amigos e tomamos o avião, com destino ao Rio.
Mesmo assim, encontrou forças para brincar, dizendo que os amigos vieram, não para dar -lhe um “até logo” mas para dizer-lhe “adeus”...
Pessimismo ou não, a verdade é que Dr. Paulo jamais voltaria a assumir o posto que ocupava, vitimado, aos 37 anos de idade, pela doença
O espírito conformado, porém, nunca o abandonou, nem mesmo depois de mal sucedida operação a que foi submetido e foi assim que ele, ao se referir à Guerra Fria, assegurou que, “se Kruchev viesse ao Brasil, acabaria desfilando, como destaque, na mangueira ou na Portela e tudo terminaria em samba, no País do carnaval”...
Para completar estas lembranças que vieram à tona com minhas anotações, destacamos que, certa vez, recebemos do poeta Paulo Matos, elogioso convite para prefaciar seu livro “Canções e Poemas Bissextos”.
Era um apanhado de lindos poemas e, para quem não sabe, Paulo Matas, além de poeta, é economista de renome nacional, articulista de primeira linha e filho de Muriaé!
Recordo que após ter elaborado o prefácio, coloquei-o em envelope pardo e o encaminhei, via Correios, para o endereço de Paulinho e foi aí que devo ter cometido um engano fatal!
Devido ao fato de ter morado no Rio de Janeiro, por 15 anos, ao escrevermos o bairro onde ele morava, Grajaú,devemos ter completado o mesmo com a cidade do rio de Janeiro, em vez de Belo Horizonte.
Isto deve ter causado o extravio da correspondência, fato que nos trouxe enorme transtorno, tanto para mim quanto para o amigo.
Devo confessar ser muito difícil fazer esta confissão, pelo carinho que Paulo Matos me merece e pelo respeito que tenho pelas qualidades que ele possui, como Poeta e como economista e, ao encerrar estas linhas, revelo aquilo que registrei, há muitos anos, no meu “caderno de anotações”, a que me referi, no início desta nossa conversa:
-“Os três Paulos: Goulart, Mannarino e Matos...”
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