Carta ao Secretário de Saúde de MG - Dr. DANILO DE CASTRO.
Excelentíssimo Senhor:
Motivo de grande honra o recebimento do gentil cartão do nobre Secretário que, por iniciativa do notável amigo comum Senhor Paulo Fraga, tomou como ponto de partida para estudos mais aprofundados, uma crônica de nossa autoria, publicada no número 101 do Correio Muriaense, a respeito da doação de órgãos.
A idéia, aparentemente boa, vai requerer uma análise séria de viabilidade, pois operacionalizá-la não parece ser tarefa fácil. Ao expô-la, pensamos em oferecer ao doador de órgãos uma espécie de “Plano de Saúde”, com algumas regalias relativas ao chamado “pronto atendimento”.
Estabelecer um “cadastro de doadores”, oferecendo, a cada um, o reconhecimento do mérito, através do diploma ou medalha (ou ambos), pode ser um passo inicial importante para incentivar a doação.
Feitas essas observações, gostaria de dizer ao nobre Secretário que, por ter residido no Rio de Janeiro, de 1977 a 1994, não tive a oportunidade de acompanhar a brilhante trajetória política de Danilo de Castro.
Contudo, depoimentos de pessoas especiais como Paulo Fraga, Aloysio de Aquino, e Dr. Geraldinho Baesso, ex-aluno residente em Mirai – MG, falam de um homem diferenciado pela retidão de caráter, pelo tirocínio e pela dignidade, ao contrário de muitos outros que não honram o voto que receberam.
Assim sendo, a simples atenção de Vossa Excelência ao artigo supracitado, é motivo de orgulho maior, mesmo que a sugestão apresentada não resulte em medidas práticas, pois, como disse Fernando Pessoa, “tudo vale à pena, se a alma não é pequena”.
Com sincera estima,
Marcos Coutinho Loures.